quinta-feira, 9 de maio de 2019

Grandes Vilões das Telas: Frank Underwood

               Políticos na frente das câmeras costumam ser carismáticos, simpáticos e dar longos discursos motivadores. Mas como são por trás das câmeras? É o que vemos na série House of Cards, e que nos rendeu um dos melhores vilões da TV dos últimos tempos: Frank J. Underwood, interpretado brilhantemente pelo ator Kevin Spacey.
               Apesar de não ter participado da última temporada (o que sim fez muita falta, apesar do talento inquestionável de Robin Wright) por questões que não vem ao caso aqui, o personagem se consagrou como um grande vilão, e um dos melhores personagens criados em minha opinião.
             Frank Underwood é um manipulador nato, mentiroso compulsivo e com uma sede de poder imensa! Uma combinação no mínimo explosiva. Acompanhado por sua mulher Claire, que embora às vezes entre em alguns conflitos existenciais, geralmente está ao seu lado, ajudando-o em sua busca desenfreada pelo poder.

             Embora em seus discursos ele se diga inspirado pelo pai, e que tem orgulho de suas origens humildes, na verdade ele despreza o pai, o qual culpa sua fraqueza pela pobreza em que viveram, e o que mais deseja é esquecer dos tempos em que era um pobre garoto assustado no sul dos Estados Unidos.
             Frank usou sua inteligência para conseguir estudar em boas universidades, e ter se unido a dama da alta sociedade texana o fez ascender mais rápido.
              Suas estratégias, e manipulação de quem quer seja trazem os melhores momentos da série. Eduardo Cunha, político brasileiro preso por corrupção foi comparado ao personagem. Para alcançar o poder, Frank é capaz de tudo, incluindo assassinato.
              Mas ele tem um magnetismo difícil de explicar. Na série vemos pessoas dispostas a dar suas vidas por ele, em troco de sua atenção e reconhecimento. Não se pode negar, que do bem ou do mal, ele é um líder.
             Como forma de manter seu poder, ele "ajuda" as pessoas ao seu redor. Distribui favores, não por bondade, mas para ter uma rede de pessoas lhe devendo para quando precisar, e ele sempre precisa....
            Minhas partes preferidas da série eram as observações que ele fazia ao telespectador, sempre depois de se fazer de bonzinho para alguém. Seu sarcasmo com certeza era uma das melhores coisas da série. E uma coisa não tem como negar: sua inteligência, se fosse utilizada juntamente com seu poder estrategista para o bem, ele seria o melhor político!
            Apesar de ser claramente um vilão, podemos extrair algumas boas lições com ele. Minha favorita: "Se você não gosta de como a mesa está posta, vire-a!"

             


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