sábado, 21 de outubro de 2017

Luz, Câmera, Ação: Clint Eastwood

              Ele era conhecido como um dos galãs dos filmes western nos anos 60. Atuou em muitos filmes, mas também tem um grande trabalho como diretor. Vamos conhecer um pouco sobre a vida e obra de Clint Eastwood.
              Clinton Eastwood Jr, nasceu em 31/05/1930, em São Francisco, Califórnia. Também é envolvido em política, chegou a ser prefeito de Carmel-By-The-Sea, também na Califórnia.Trabalhou como atendente em um posto de gasolina, tocou piano em um bar e até foi bombeiro.Sua carreira de ator no cinema começou no final dos anos 50.
                Se destacou mesmo como o "Homem Sem Nome" na trilogia dos dólares, dirigidos por Sergio Leone: Por um punhado de dólares, Por uns dólares a mais e Três Homens em Conflito. Seus papéis geralmente foram de homens durões, sejam bandidos ou policiais.
                 Foi casado duas vezes e tem sete filhos (cinco mulheres e dois homens), incluindo o também ator Scott Eastwood. É proprietário de um clube de golfe, um hotel e um restaurante. É conhecido também por ser defensor dos animais.
                  O primeiro filme que dirigiu foi Perversa Paixão, em 1971. Atuou em grande parte dos filmes que dirigiu. Alguns tiveram um enorme destaque, como o romance As Pontes de Madison, onde atua ao lado de Meryl Streep, um filme simplesmente belíssimo! Sobre Meninos e Lobos também é um excelente drama com um elenco fantástico, que inclui Sean Penn, Tim Robbins e Kevin Bacon.
                    Como não podia faltar em seu currículo, dirigiu alguns faroestes, sendo o mais famoso Os Imperdoáveis, de 1992. Alguns consideram o último grande faroeste da história do cinema.

                   Menina de Ouro, de 2004 também foi um grande sucesso de público e crítica, e traz Hillary Swank como protagonista. Meus filmes preferidos dirigidos por ele são As Cartas de Iwo Jima e A Conquista da Honra, acho simplesmente fantástico mostrar a visão da Segunda Guerra Mundial por dois povos diferentes. Um outro filme seu que adoro é Meia-Noite no Jardim do Bem e do Mal, acho ótima a forma como a história foi contada e o filme tem personagens excelentes e exóticos.
                    Ainda dirigiu outros sucessos como Gran Torino, Invictus, J. Edgar e Sniper Americano. Muitas bandas escreveram músicas inspiradas nele, e a banda Gorillaz lançou uma com seu nome.Ganhou o Oscar de Melhor Diretor por Os Imperdoáveis e Menina de Ouro.  Ele com certeza deixou sua marca em Hollywood e no mundo, e ainda tem muita bala na agulha. Com certeza um dos melhores diretores do seu tempo.
                    FILMOGRAFIA (COMO DIRETOR):

  • Perversa Paixão (1971)
  • O Estranho Sem Nome (1973)
  • Interlúdio de Amor (1973)
  • Escalado Para Morrer (1975)
  • Josey Wales, o Fora da Lei (1976)
  • Rota Suicida (1977)
  • Raposa de Fogo (1982)
  • Impacto Fulminante (1983)
  • O Cavaleiro Solitário (1985)
  • O Destemido Senhor da Guerra (1986)
  • Bird (1987)
  • Coração de Caçador (1990)
  • Os Imperdoáveis (1992)
  • Um Mundo Perfeito (1993)
  • As Pontes de Madison (1995)
  • Poder Absoluto (1997)
  • Meia-Noite no Jardim do Bem e do Mal (1997)
  • Crime Verdadeiro (1999)
  • Cowboys do Espaço (2000)
  • Dívida de Sangue (2002)
  • Sobre Meninos e Lobos (2003)
  • Menina de Ouro (2004)
  • As Cartas de Iwo Jima (2006)
  • A Conquista da Honra (2006)
  • Gran Torino (2008)
  • A Troca (2008)
  • Invictus (2009)
  • Além da Vida (2010)
  • J. Edgar (2011)
  • Jersey Boys: Em Busca da Música (2014)
  • Sniper Americano (2015)
  • Sully- O Herói do Rio Hudson (2016)
  • The 15:17 To Paris (2017)
  • Impossible Odds (2017)

           
     

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Sacrifícios devem fazer parte da vida

                   Não sou uma pessoa que viajou muito em minha vida, fisicamente falando. Já minha mente voa milhares de quilômetros todos os dias...Outro dia estava de bobeira na piscina (nada parecida com uma olímpica, está mais para uma banheira de fibra rs), ouvindo música e viajando longe...De repente uma abelha pousou em meu braço, me assustei e o sacudi, deixando ela cair na água, ela ficou se debatendo e logo iria morrer afogada. Pensei, se salvá-la, ela vai me picar e acabar morrendo da mesma forma, mas estava naqueles dias de sensibilidade mais aflorada em que um comercial de margarina pode te fazer chorar e decidi sacrificar meu braço e tirá-la da água. Para minha surpresa, ela não fez nada, só caminhou pelo meu braço, até que consegui colocá-la na borda. Depois de um tempo, nem me lembrava dela, ela passou fazendo um voo acrobático em minha frente (é, sou um pouco exagerada), mas aquilo me deixou feliz.

                 Mas a questão não é minha história de heroína de abelhas, mas a viagem seguinte que minha mente fez, desencadeada por essa situação. Fiquei pensando no quanto nos sacrificamos de verdade nessa vida por quem quer que seja, e que talvez poderíamos mudar muitos destinos... Não tenho filhos, e muitas vezes observando essa geração, não me anima muito.Não sou mãe por não gostar de crianças, mas porque não achei o parceiro ideal, e acredito que é muito importante para a criança ter os dois em sua vida, sempre que possível. Apesar de não ser mãe, mas tomo a minha como um grande exemplo, ser mãe ou pai, não é dar tudo de bandeja e não preparar os filhos para a vida real.Vemos muitos pais dizendo que trabalham tanto e estão se "sacrificando" por seus filhos, mas não os vejo fazendo os maiores sacrifícios, que é sacrificar um pouco do seu tempo para brincar com ele de verdade, ou contar uma história, ao invés de dar um videogame ou celular em suas mãos, não querem sacrificar o afeto dos filhos. Eu muitas vezes chorei de raiva dos meus pais, mas hoje vejo que tudo que eles me negaram e me cobraram foi para me fortalecer. Eles não querem sacrificar sua paz, evitando ao máximo o confronto, quando muitas vezes ele é simplesmente inevitável. Nunca generalizo nada, mas o que vejo em boa parte são pais relapsos criando uma geração fraca, fútil e melindrosa....
                   A falta de sacrifícios não se encontra só nas relações entre pais e filhos, mas em todas as nossas relações. em uma relação amorosa, seja qual for, ninguém quer ser aquele que cede (eu mesmo já fiz isso muitas vezes, não estou me eximindo da culpa, sou orgulhosa e egoísta e tento trabalhar isso todos os dias), ou um cede totalmente, prolongando uma situação sem futuro. Ou mais uma vez, é mais fácil evitar o conflito e partir pra outra...Nas amizades, queremos sempre que o outro goste e faça o que fazemos. No trabalho, cada um quer fazer sua parte, o outro que acompanhe o ritmo, que se vire com suas tarefas, se for algo comissionado então, pode- se formar uma pequena guerra...
                  Por favor, não me levem a mal, tudo isso serve de grande reflexão para mim também, muitas noites vou dormir pensando no quanto tenho que progredir, e revendo alguns atos que certamente não foram necessários. Sempre dizemos que temos que deixar um planete melhor para as próximas gerações, mas acho que é hora de tentarmos ser melhores todos os dias, darmos melhores exemplos e deixar melhores gerações para este mundo!

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Dica de Filme: O Mordomo da Casa Branca

                                         Ficha Técnica:

Título Original: The Butler
Ano: 2013
Gênero: Drama
Direção: Lee Daniels
Elenco: Forest Whitaker, Oprah Winfrey, John Cusack, Cuba Gooding Jr, Terrence Howard, Lenny Kravitz, James Marsden

               Com a história ao fundo, vemos neste drama de uma forma poética, como era  e ainda é ser negro nos Estados Unidos. O filme conta a história de Cecil Gaines (Forest); na verdade o filme é baseado na vida de Eugene Allen, que foi um mordomo negro na Casa Branca por trinta e quatro anos, porém alguns fatos muito trágicos do filme não fizeram parte da vida de Eugene, felizmente; um garoto que vivia em uma fazenda de algodão na Geórgia, e vê sua mãe ser estuprada e seu pai morto sem nenhuma piedade por um senhor branco.
                A mãe do assassino leva então o garoto para ser um "criado de casa", onde ele aprendeu a servir. Ao ficar mais velho, ele vai para a cidade, passa a trabalhar em um pequeno hotel, depois em um grande hotel, até que vai parar na Casa Branca.
                Cecil é tudo que um mordomo deveria ser, faz o seu trabalho de uma foma impecável, é extremamente discreto e muito dedicado. Em contradição, sua família muitas vezes sofre com isso, pelo pouco tempo que ele tem disponível, e de seus dois filhos, um decide ao entrar para a universidade, lutar pelos direitos civis dos negros.
                   Uma das questões muito legais do filme, é a capacidade de adaptação que o ser humano necessita para viver em sociedade. Cecil precisa fazer seu trabalho, e cada presidente é extremamente diferente do outro.
                   Com certeza, também deve ter sido muito difícil ouvir tanta coisa sobre racismo ocorrendo ao redor do mundo em primeira mão, e não poder esboçar a menor opinião e revolta!!
                   O filme fez bastante sucesso, e a atuação de Forest Whitaker mais uma vez não decepciona. Oprah Winfrey também brilha. Apesar das questões levantadas de haver muitas diferenças entre o personagem e o verdadeiro mordomo, o filme é uma excelente pedida. É um drama contado na medida certa, com algumas pitadas de humor e uma boa dose de realidade. Até a próxima dica!



terça-feira, 3 de outubro de 2017

Grandes Vilões das Telas: Jack Torrance

               Ele não é o típico vilão. Na verdade, no início do filme simpatizamos muito com o personagem e torcemos por seu sucesso. Criado pelo mestre do suspense e terror Stephen King, este é o protagonista de um de seus maiores sucessos: O Iluminado. O vilão é Jack Torrance, imortalizado na tela pelo diretor Stanley Kubrick em 1980, e quem interpretou brilhantemente (sem trocadilhos com o título, que na verdade se refere ao garoto da história) foi Jack Nicholson.
              Jack é um escritor e ex-professor, tendo perdido seu emprego em uma escola preparatória, por conta do alcoolismo. Longe da bebida, ele aceita o emprego de zelador de um hotel, o Overlook, durante o duro inverno do Colorado, e parte para lá com sua família.
              Ele acredita que o isolamento vai aproximá-lo de sua família novamente, seu filho Danny, um telepata sensível as forças sobrenaturais, e sua esposa, a dócil e submissa Wendy. E ele pretende aproveitar toda essa tranquilidade para escrever um livro, o qual ele acredita que será um sucesso.
                Tudo parece ocorrer bem no início, Jack escreve bastante, sua esposa cuida de tarefas rotineiras e seu filho explora o hotel com seu triciclo.... mas as aparências enganam....Com Danny tendo visões assustadoras e inexplicáveis nos quartos, e Jack cada vez mais perdendo a paciência, e se tornando um homem ora apático, ora agressivo.
                    Jack então passa a ser "consumido" pelo hotel., com visões também bizarras, e até uma cena no bar "desativado", onde um gentil garçom o serve e ouve um desabafo sobre seu casamento. Depois, em uma festa a fantasia (lembrem-se que o hotel está vazio!!), o "antigo zelador" lhe diz que ele deve corrigir sua família. Ele então logo explode, e passa a perseguir sua esposa e filho, com um machado, em cenas marcantes e de um suspense frenético!
                    O livro que ele estava escrevendo? Sua esposa ao verificar a máquina de escrever, descobre que são muitas páginas com uma só frase: " Muito trabalho e pouca diversão fazem de Jack um cara bobão", seria mais ou menos a tradução (All work and no play makes Jack a dull boy).
                    O autor do livro em uma entrevista disse que não gostou do filme, nem da interpretação de Nicholson. Mas o público com certeza gostou, o filme se tornou um clássico, e com certeza é apavorante! E o "louco do machado" passou a ser um dos maiores vilões das telas!!!