sábado, 22 de abril de 2017

Dica de Fime: Cake: Uma Razão Para Viver

                                             Ficha Técnica:
Título Original: Cake
Ano: 2014
Direção: Daniel Barnz
Gênero: Drama
Elenco: Jennifer Aniston, Sam Worthington, Anna Kendrick, Adriana Barraza, Chris Messina
 
                 Jennifer Aniston é uma mulher linda, simpática, a rainha das comédias românticas, certo? Sim, até chegar neste papel, onde vemos uma excelente atriz, que com uma ótima equipe de maquiadores conseguiram deixá-la feia!!
              O diretor Daniel Barnz soube tratar sobre a depressão de um modo real e instigante. Claire Bennett (Jennifer Aniston) é uma mulher visivelmente depressiva, cheia de cicatrizes, com dores crônicas, que começa o filme em um grupo de apoio, onde várias mulheres desabafam sobre o suicídio de Nina (Anna Kendrick), e Claire está com muita raiva! Mas de onde vem essa raiva? E essas dores e cicatrizes? O desenrolar da história prende o telespectador.
             Ela desenvolve uma espécie de relação simbiótica com Roy (Sam Worthington), o viúvo de Nina. Os flashes em que Claire tem visõescom uma Nina sarcástica e maldosa são excelentes! A relação entre ela e sua empregada-conselheira-mãe Silvana (Adriana Barraza) é outro ponto alto do filme.
               Mas ela não é a típica personagem depressiva, ela não quer que ninguém sinta pena dela, ela é cruel por várias vezes, e seu sarcasmo e humor negro arrancam risadas, apesar de ser um drama. O filme não chega a ser um estilo totalmente independente, mas é diferente dos filmes hollywoodianos sobre a doença. É sempre bom ver um lado diferente de um artista pelo menos. E este filme é dela. Apesar de eu ser suspeita para falar, pois sou fã, mandou muito bem Jennifer!!!




Talento em Foco: Robert De Niro

             Ele é com certeza uma das lendas de Hollywood. Um ator de talento incontestável, versátil e que agrega muito valor a qualquer produção cinematográfica. Já tem mais de cinquenta anos de carreira, e um currículo invejável. Claro que como todos os atores participou de alguns filmes não tão brilhantes, mas com certeza ele merece um destaque pelo conjunto de sua obra. E que obra!
             Robert Anthony De Niro Jr, nasceu em 17/08/1943, em Nova York. Fez pequenos trabalhos, até se destacar em 1973 no filme A Última Batalha de Um Jogador. Em 1972 conheceu o diretor com o qual estabeleceu uma grande parceria de trabalho e amizade, e que rendeu grandes sucessos aos dois: Martin Scorsese. Seu primeiro Oscar no entanto veio com outro grande diretor, Francis Ford Copolla, em 1974, como ator coadjuvante em O Poderoso Chefão Parte II, na versão jovem de Vito Corleone.
              Capaz de grandes transformações para dar vida aos seus personagens, para viver o que lhe rendeu o Oscar de Melhor Ator, o boxeador Jake LaMotta, ele engordou cerca de 30 quilos! Uma performance de tirar o chapéu, um boxeador narcisista e bipolar, no sucesso Touro Indomável de Scorsese, que acabou se tornando um clássico.
               Entre seus papéis marcantes podemos destacar também o de Travis Bickle, em Taxi Driver, um solitário veterano da Guerra do Vietnã, que trabalha a noite como taxista, e mostra uma Nova York nada glamourosa, outro clássico. Se arriscou até no musical New York, New York.
               Em 1978, atua no sucesso do diretor Michael Cimino O Franco Atirador, como Michael, um operário que se alista para a Guerra do Vietnã, é capturado com outros soldados, onde sofre torturas inimagináveis.
               Seus vilões fizeram sucesso. Fez vários papéis de mafiosos, interpretando até a grande lenda Al Capone em Os Intocáveis. Também conseguiu botar medo como o psicopata Max Cady, em O Cabo do Medo, onde um ex presidiário vai atrás de seu advogado e família em busca de vingança. E foi até o próprio diabo em Coração Satânico.
               Se destacou também no drama Tempo de Despertar. ao lado do saudoso Robin Williams. Na década de 1990 interpretou caras durões e problemáticos, e inovou em várias comédias. Encarou o desafio como diretor duas vezes: em Desafio no Bronx, em 1993 e O Bom Pastor, em 2006. Fundou sua produtora, a Tribeca Filmes, em 1989. Outro papel que adoro é do comandante Billy Sunday em Homens de Honra, ao lado de Cuba Gooding Jr. Em 2012, inicia outra parceria de sucesso, com o diretor David Russel, com os quais fez O Lado Bom da Vida, Trapaça e Joy- O Nome do Sucesso.
               Ele é um ator tão versátil , talentoso e com um currículo tão extenso que daria para fazer umas 10 postagens sobre ele! Para quem nunca assistiu um filme seu ( o que acho bem improvável) não sabe o que está perdendo!
               Segue sua filmografia:
  • Quem Anda Cantando Nossas Mulheres? (1968)
  • Os 5 de Chicago (1970)
  • Quase, Quase Uma Máfia (1971)
  • Caminhos Perigosos (1973)
  • A Última Batalha de Um Jogador (1973)
  • O Poderoso Chefão Parte II (1974)
  • Taxi Driver (1976)
  • O Último Magnata (1976)
  • 1900 (1976)
  • New York, New York (1977)
  • O Franco Atirador (1978)
  • A Cobrança (1979)
  • Touro Indomável (1980)
  • O Rei da Comédia (1983)
  • Era Uma Vez na América (1984)
  • Amor à Primeira Vista (1984)
  • Brazil, o filme (1985)
  • A Missão (1986)
  • Os Intocáveis (1987)
  • Coração Satânico (1987)
  • Fuga à Meia Noite (1988)
  • Stanley e Iris (1989)
  • Não Somos Anjos (1989)
  • Jacknife (1989)
  • Tempo de Despertar (1990)
  • Os Bons Companheiros (1990)
  • Cortina de Fogo (1991)
  • Cabo do Medo (1991)
  • A Amante (1991)
  • Uma Mulher Para Dois (1992)
  • O Despertar de Um Homem (1993)
  • Desafio no Bronx (1993)
  • Frankeinstein de Mary Shelley (1994)
  • As Cento e Uma Noites (1994)
  • Fogo Contra Fogo (1995)
  • Cassino (1995)
  • Sleepers- A Vingança Adormecida (1996)
  • Estranha Obsessão (1996)
  • As Filhas de Marvin (1996)
  • Mera Coincidência (1997)
  • Jackie Brown (1997)
  • Cop Land (1997)
  • Ronin (1998)
  • Ninguém É Perfeito (1999)
  • Máfia no Divã (1999)
  • Homens de Honra (2000)
  • Entrando Numa Fria (2000)
  • As Aventuras de Alceu e Dentinho (2000)
  • A Cartada Final (2001)
  • 15 Minutos (2001)
  • Showtime (2002)
  • O Último Suspeito (2002)
  • O Enviado (2002)
  • A Máfia Volta ao Divã (2002)
  • A Ponte de San Luis Rey (2003)
  • O Espanta Tubarões (2004)
  • O Amigo Oculto (2004)
  • Entrando Numa Fria Maior Ainda (2004)
  • O Bom Pastor (2006)
  • Stardust- O Mistério da Estrela (2007)
  • Fora de Controle (2008)
  • As Duas Faces da Lei (2008)
  • Machete (2010)
  • Homens em Fúria (2010)
  • Estão Todos Bem (2010)
  • Entrando Numa Fria Maior Ainda Com a Família (2010)
  • Sem Limites (2011)
  • Os Especialistas (2011)
  • Noite de Ano Novo (2011)
  • As Idades do Amor (2011)
  • Poder Paranormal (2012)
  • O Lado Bom da Vida (2012)
  • A Família Flynn (2012)
  • Assassinos de Aluguel (2012)
  • Última Viagem a Vegas (2013)
  • Trapaça (2013)
  • Temporada de Caça (2013)
  • O Casamento do Ano (2013)
  • Ajuste de Contas (2013)
  • A Família (2013)
  • Profissão de Risco (2014)
  • Um Senhor Estagiário (2015)
  • O Sequestro do Ônibus 157 (2015)
  • Joy- O Nome do Sucesso (2015)
  • Tirando o Atraso (2016)
  • Predileção (2016)

 



terça-feira, 11 de abril de 2017

O Poder é Inebriante: House of Cards

              Depois que nos tornamos adultos, queremos que o tempo passe devagar. Menos quando estamos esperando a estreia da nova temporada de House of Cards!! A quinta temporada já teve sua estreia confirmada para o final de maio de 2017. Comecei a assitsir por recomendação de amigos, e não me arrependo nem um pouco!
              A série criada por Beau Willimon para a Netflix, traz a trajetória de Frank Underwood (interpretado magistralmente por Kevin Spacey), um político que lidera a bancada majoritária da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos. Ressentido ao descobrir que não será nomeado Secretário de Estado no novo governo, ele começa sua jornada de planos mega maquiavélicos, apoiado pela esposa Claire (excelente atuação de Robin Wright também).
              Os bastidores da política nua e crua, envolvendo políticos, jornalistas, empresários e o efeito borboleta de cada ação (qualquer semelhança com a política brasileira, creio ser mera coincidência rs). A série é repleta de reviravoltas, é difícil saber o que o protagonista está tramando, até que se concretize.
               A trama é muito bem desenvolvida, atraindo a atenção do telespectador cada dia mais. Frank é um personagem que vai despertar amor e ódio com a mesma intensidade. Uma das minhas partes favoritas é o protagonista compartilhar seus pensamentos com quem o assiste.

              A análise psicológica dos personagens, também é outro ponto a favor do programa. A luta de egos, e o que cada um é capaz de fazer para alcançar o poder ou conviver com as pessoas que o detém é um dos pontos mais altos da série.
          
               Quem decidir conhecer, provavelmente não irá se arrepender (mas recomendo que tenha pelo menos um leve gosto por política). Já ouvi dizer que é a série favorita do ex-presidente Barack Obama. Se for mesmo, tamo junto Obama!!!



Hoje é Dia de Clássico Bebê: Laranja Mecânica


                                       Ficha Técnica:

Título Original: A Clockwork Orange
Ano: 1972
Gênero: Ficção Científica/Drama/Policial
Direção: Stanley Kubrick
Elenco: Malcom McDowell, Patrick Magee, Michael Bates, David Prowse, Adrienne Corri

              Stanley Kubrick era um mestre em transformar ótimos livros em grandes filmes, e este é mais uma adaptação que deu muito certo (adaptado do livro homônimo de Anthony Burgess). Foi um filme inovador, em alguns países foi censurado (inclusive no Brasil). Uma coisa é triste, que o  filme foi meio profético, pois vemos a banalização da violência todos os dias.
              O filme traz a Inglaterra em um futuro incerto, onde as gangues dominam e vivem em conflito. Alex (Malcom McDowell) é líder de uma das gangues, e acompanhamos sua rotina de violência, sexo e drogas (com seus "druguinhos"). É traído por seus próprios companheiros, e enviado a prisão decide participar de um experimento, que tem como objetivo eliminar a capacidade da pessoa de fazer mal às outras.Porém, ao sair da prisão, Alex terá que enfrentar as consequências de seus atos anteriores, independente de ter mudado de vida ou não.
               O filme foi massacrado por alguns críticos britânicos, o que levou com que o diretor não permitisse sua exibição no Reino Unido (o filme só foi exibido após sua morte). A adaptação foi tão meticulosa, que os personagens do círculo de Alex utilizam a mesma linguagem peculiar do livro no filme (sim, a linguagem foi criada pelo autor do livro, e não por Kubrick, como alguns pensam), algumas versões do livro tem um dicionário dessas expressões em seu final. Os cenários são como todos os filmes de Kubrick, com cores vibrantes, que se destacam nas cenas. E Alex, com certeza é um dos personagens mais marcantes do cinema, um sociopata, que sabe ser educado e ao contrário de seus amigos ouve Beethoven e em uma das cenas épicas (que foi de improviso do ator) canta Singing In The Rain, enquanto faz uma de suas maiores maldades!
                O filme foi gravado em locações externas e cenários reais, utilizando a luz natural na fotografia. Considerado um clássico, e obrigatório para todo cinéfilo! Muitos amam o filme, outros odeiam. Me incluo na primeira opção, não sei quantas vezes assisti, mas foram muitas (acho que tantas, que sempre me pego cantarolando Singing In The Rain enquanto trabalho!). Para saber em qual opção se encaixa, só assistindo...