sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Ícones da Moda: Yves Saint Laurent

                  Ele misturou elegância e praticidade como poucos. Suas criações iam muito além de serem somente peças de vestuário, elas traduziam a alma da mulher que a vestia. A marca que leva seu nome continua sendo uma das maiores do mundo.
                  Yves Henri Donat Mathieu-Saint Laurent, nasceu em Orã, na Argélia, em 01 de agosto de 1936. Seu pai era presidente de uma Companhia de Seguros, mas ele ao contrário queria se arriscar no mundo da moda, tão competitivo e em constante mudança. Aos dezessete anos deixou a casa dos pais e foi trabalhar com o aclamado estilista Christian Dior. Em 1957 Dior faleceu, e Saint Laurente herdou o controle criativo da casa, aos vinte e um anos. Pouco depois ele foi convocado para o exército francês para lutar na Guerra da Independência da Argélia. Foi muito maltratado e ridicularizado pelos outros soldados, e com vinte dias precisou ser internado em um hospital psiquiátrico devido a um esgotamento nervoso, sendo submetido até a tratamentos de eletrochoque.
                  Em 1962 ele voltou a vida civil, deixando a Casa Dior e fundando com Pierre Bergé sua própria marca. Os dois foram companheiros por muito tempo, tendo continuado a trabalhar em conjunto mesmo após o rompimento. Saint Laurent consolidou sua marca nos anos 60, brilhando mais ainda nos anos 70. Passou a ser considerado um símbolo de sofisticação e bom gosto. Entre suas musas se encontrava a atriz Catherine Deneuve.
                   O smoking feminino foi apresentado por ele em 1966, com uma camisa transparente e uma calça masculina, revolucionando o mundo da moda, sendo chamado "le smoking". Era um novo símbolo de poder para as mulheres, e ainda é um dos ícones da marca.
                   Também serviam de inspiração constante para o estilista as estampas geométricas e étnicas. Vestiu muitas mulheres ricas e poderosas de seu tempo. Bianca Jagger casou-se com um smoking branco de sua criação.
                   Um de seus grandes feitos foi colocar em prática o Prêt-à-Porter (pronto para vestir em francês), uma moda feita industrialmente, mas com um bom corte e sofisticação, mas a preços mais acessíveis. Em 1983, foi o primeiro estilista vivo a ter seu trabalho exposto no Metropolitan Museum of Art , em Nova York. Em 2001 recebeu do então presidente da França, Jacques Chirac, a Legião de Honra, no grau de Comandante.
                   Em janeiro de 2002 anunciou sua saída do mundo da moda, fechando sua carreira em grande estilo, com um desfile que trazia uma retrospectiva de seus quarenta anos de carreira.  Em 2014 foi lançado no Brasil um filme que leva seu nome como título, dirigido por Jalil Lespert, e tendo como protagonista o ator francês Pierre Niney. Em suas palavras: "A roupa mais bela que pode vestir uma mulher são os braços do homem que ela ama. Mas, para aquelas que não tiveram a sorte de encontrar esta felicidade, eu estou lá." Faleceu em Paris, em 01 de junho de 2008, em decorrência de um câncer no cérebro.


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