quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Ícones da Moda: Coco Chanel

             A moda mudou muito desde que os homens passaram a usar peles de animais para proteger seus corpos do frio. Mas nessa indústria inconstante, alguns nomes sempre conseguem um destaque especial. Ela foi uma mulher muito à frente de seu tempo e conseguiu deixar sua marca no mundo: Coco Chanel.
             Gabrielle Bonheur Chanel, nasceu em Saumur, na França, em 1883. Sua mãe, Eugénie, era uma lavadeira solteira. Seu pai, um vendedor de roupas ambulante, acabou se casando com sua mãe, e nem imaginava que seu sobrenome se tornaria imortal através de sua filha prodígio.
               Quando tinha doze anos, sua mãe faleceu de bronquite. Seu pai a colocou com sua irmã em um orfanato. Quando fez dezoito anos, ela foi morar em uma pensão para moças católicas, o Institut Notre-Dame de Moulins, onde ela se aperfeiçoa em costura e reencontra uma tia, Adrienne, de idade muito próxima a sua. Em 1903, ela e a tia são encaminhadas a um atelier de costura de enxovais.
               Por volta de 1907, ela cantava em um café-concerto, onde surgiu o apelido de Coco, e onde ela conheceu muitos homens influentes. Acaba por se envolver com Etienne Balsan, um rico herdeiro, que lhe abriu as portas da alta sociedade.
                Frequentando este novo círculo, ela conhece o milionário inglês Arthur Capel, com o qual teve um longo e irregular romance, mas foi ele que lhe ajudou a abrir sua primeira loja, de chapéus, em 1910. Em 1919, Arthur morre em um acidente de carro. Gabrielle abriu então uma casa de costura, que também vendia chapéus. Começou a vender roupas para ir à praia e montar a cavalo. Inovou lançando as primeiras calças femininas.
                No início de 1920, ela se apaixona pelo grão duque russo, agora no exílio, Dmitri Paylovich Romanov. o romance influenciou em suas criações, ela desenhou roupas com temas do folclore russo, contratando várias bordadeiras para essa empreitada. Nesta década foi quando suas criações passaram a fazer grande sucesso. Ela misturava conforto e elegância, fazia uma fusão entre o guarda roupa masculino e feminino, e encurtou as saias! Em 1922 criou o icônico perfume Chanel N 5.
               Vestia celebridades e ditava tendências. Porém durante a Segunda Guerra Mundial, fechou a sua casa e até chegou a trabalhar como enfermeira, mas permaneceu na França. Neste período envolveu-se romanticamente com um oficial da Inteligência Alemã, Hans Dincklage. Este romance acabou custando muito caro, pois os franceses condenaram este affair, e deixaram de frequentar a Casa Chanel. Começou a vender para o outro lado do Atlântico e foi morar na Suíça.
                A ex-primeira dama americana Jackie Kennedy a pôs de volta em evidência, saindo em muitas revistas com seus tailleurs, casacos e sapatos. Coco volta a morar na França.
                 Coco faleceu em 1971, no Hotel Ritz, onde morava. Deixou sua marca, um estilo atemporal, provando que o básico pode ser tão chique. Seus tailleurs, as listras, o clássico vestido preto, o tweed e o jérsei que não faziam parte do guarda roupa feminino. Sem nos esquecermos da bolsa de matelassê com alças, que até hoje fica entre as peças mais desejadas entre as mulheres. E claro, no corte de cabelo batizado com seu nome, que recebe muitas variações, mas praticamente se tornou imortal.
                   Uma mulher que viveu sob suas regras, e graças a Deus transmitiu isso para nosso vestuário, e mostrou que para atingir a beleza não precisa ser uma tortura! Sua biografia foi retratada no filme Coco Antes de Chanel, interpretada pela atriz francesa Audrey Tautou, em 2009. Nas palavras da prórpia Coco: "A moda passa, o estilo permanece".


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