quarta-feira, 19 de julho de 2017

Uma alma compartilhada com o mundo: Frida Kahlo

                Ela foi uma grande artista do século XX. Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderon, conhecida por seu nome artístico Frida Kahlo, foi uma das maiores expoentes da pintura no México. Nasceu em 1907, em Coyoacan. Seu pai era um famoso fotógrafo e ela sempre foi apaixonada pelas artes e pelas tradições de seu país. Ela levou o México para o mundo, através de suas obras e seu jeito peculiar de se vestir.
                                    (As Duas Fridas)

               Ela já tinha sequelas de uma poliomelite que teve na infância. Aos dezoito anos ela sofreu um grave acidente de ônibus, e começou a pintar durante sua recuperação. Foram necessárias mais de trinta cirurgias, e mesmo assim ela sentiu muitas dores pelo resto de sua vida. Muitos a enquadravam como uma pintora surrealista, porém ela dizia que não pintava sonhos, e sim, sua própria realidade.
                                     (O Hospital Henry Ford)

                Em 1929 se casou com o também pintor Diego Rivera, o qual conheceu quando frequentava a Escola Preparatória Nacional, para o qual levou alguns de seus quadros para análise. O relacionamento dos dois sempre foi tumultuado. Muitas brigas, mágoas e traições de ambos os lados....Em 1930 ela engravida, mas sofre um aborto, seu corpo não aguentava uma gestação. Sofreu mais dois abortos ao longo da vida. A frustração por não poder ser mãe influenciou muito sua obra também.
                                    (Frida Kahlo Vestida de Tehuana)

                Entre 1931 e 1934 morou com Diego nos Estados Unidos. De volta ao México, teve que se submeter a outras cirurgias, e as traições de seu marido passaram a ser notórias. Frida era comunista, e em 1936 ela abriga o exilado Leon Trotsky, com o qual teve um caso amoroso (Frida dava o troco, em moeda russa ainda!!).
              Em 1938, ela conhece André Breton, escritor, poeta e teórico do surrealismo, o qual lhe apresenta ótimos contatos,e assim ela consegue sua primeira exposição individual,em Nova York, em 1939. A exposição foi um sucesso. Ela então fez exposições pela Europa, chegando a ter obras no Louvre.
                                                 (A Coluna Partida)

                              Em 1939 ela e Diego se separam, mas voltam a se casar no ano seguinte (isso não é exclusividade de Elizabeth Taylor). O final de sua vida, foi marcado por muitas complicações de saúde, chegou a ter que amputar uma de suas pernas, na altura do joelho. Debilitada e deprimida, ela passou a abusar seriamente do álcool. Morreu de embolia pulmonar em 13/07/1954.
                                             (Auto Retrato com Cabelo Solto)

               Suas obras eram marcadas por cores fortes, cenas próximas ao surrealismo, com muitos auto retratos que exprimiam seu sofrimento. Seus trabalhos também continham traços da cultura mexicana. Ela conseguia ver a beleza nas tragédias, e foi uma mulher muito a frente de seu tempo. Sua vida e obra foram retratadas no filme "Frida", com direção de Julie Taylor, e Salma Hayek dando vida a artista.


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