quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Sacrifícios devem fazer parte da vida

                   Não sou uma pessoa que viajou muito em minha vida, fisicamente falando. Já minha mente voa milhares de quilômetros todos os dias...Outro dia estava de bobeira na piscina (nada parecida com uma olímpica, está mais para uma banheira de fibra rs), ouvindo música e viajando longe...De repente uma abelha pousou em meu braço, me assustei e o sacudi, deixando ela cair na água, ela ficou se debatendo e logo iria morrer afogada. Pensei, se salvá-la, ela vai me picar e acabar morrendo da mesma forma, mas estava naqueles dias de sensibilidade mais aflorada em que um comercial de margarina pode te fazer chorar e decidi sacrificar meu braço e tirá-la da água. Para minha surpresa, ela não fez nada, só caminhou pelo meu braço, até que consegui colocá-la na borda. Depois de um tempo, nem me lembrava dela, ela passou fazendo um voo acrobático em minha frente (é, sou um pouco exagerada), mas aquilo me deixou feliz.

                 Mas a questão não é minha história de heroína de abelhas, mas a viagem seguinte que minha mente fez, desencadeada por essa situação. Fiquei pensando no quanto nos sacrificamos de verdade nessa vida por quem quer que seja, e que talvez poderíamos mudar muitos destinos... Não tenho filhos, e muitas vezes observando essa geração, não me anima muito.Não sou mãe por não gostar de crianças, mas porque não achei o parceiro ideal, e acredito que é muito importante para a criança ter os dois em sua vida, sempre que possível. Apesar de não ser mãe, mas tomo a minha como um grande exemplo, ser mãe ou pai, não é dar tudo de bandeja e não preparar os filhos para a vida real.Vemos muitos pais dizendo que trabalham tanto e estão se "sacrificando" por seus filhos, mas não os vejo fazendo os maiores sacrifícios, que é sacrificar um pouco do seu tempo para brincar com ele de verdade, ou contar uma história, ao invés de dar um videogame ou celular em suas mãos, não querem sacrificar o afeto dos filhos. Eu muitas vezes chorei de raiva dos meus pais, mas hoje vejo que tudo que eles me negaram e me cobraram foi para me fortalecer. Eles não querem sacrificar sua paz, evitando ao máximo o confronto, quando muitas vezes ele é simplesmente inevitável. Nunca generalizo nada, mas o que vejo em boa parte são pais relapsos criando uma geração fraca, fútil e melindrosa....
                   A falta de sacrifícios não se encontra só nas relações entre pais e filhos, mas em todas as nossas relações. em uma relação amorosa, seja qual for, ninguém quer ser aquele que cede (eu mesmo já fiz isso muitas vezes, não estou me eximindo da culpa, sou orgulhosa e egoísta e tento trabalhar isso todos os dias), ou um cede totalmente, prolongando uma situação sem futuro. Ou mais uma vez, é mais fácil evitar o conflito e partir pra outra...Nas amizades, queremos sempre que o outro goste e faça o que fazemos. No trabalho, cada um quer fazer sua parte, o outro que acompanhe o ritmo, que se vire com suas tarefas, se for algo comissionado então, pode- se formar uma pequena guerra...
                  Por favor, não me levem a mal, tudo isso serve de grande reflexão para mim também, muitas noites vou dormir pensando no quanto tenho que progredir, e revendo alguns atos que certamente não foram necessários. Sempre dizemos que temos que deixar um planete melhor para as próximas gerações, mas acho que é hora de tentarmos ser melhores todos os dias, darmos melhores exemplos e deixar melhores gerações para este mundo!

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