sábado, 4 de fevereiro de 2017

Personalidade Histórica: Barão de Mauá

               Ele foi o pioneiro no processo de industrialização do Brasil. Um símbolo de empreendedorismo ainda no século XIX. Nomes de ruas em praticamente todas as cidades. Vamos conhecer um pouco sobre o Barão de Mauá.
               Irineu Evangelista de Souza, nasceu em 28/12/1813, em Arroio Grande, no Rio Grande do Sul. Quando estava com oito anos, seu pai havia falecido e sua mãe casou novamente, o enviando aos cuidados de um tio, que pertencia a Marinha Mercante. Estudou em um colégio interno de 1821 a 1823. Aos onze anos começa a trabalhar em uma loja de tecidos. Em seguida passa a trabalhar como caixeiro da Companhia Inglesa Carruthers, onde o dono Richard lhe ensinou inglês e contabilidade. Irineu aos vinte e três anos passa a ser sócio da empresa. Em 1837 os donos retornam a Inglaterra e ele permanece na direção do negócio. Compra então uma chácara no Morro de Santa Teresa, e logo criou farpas com os senhores de engenho, por abrigar escravos foragidos e revolucionários farroupilhas. Foi para a Inglaterra, berço da Revolução Industrial, onde viu como o Brasil estava atrasado nessa questão. Ao voltar, em 1841 se casa com sua sobrinha Maria Joaquina, com a qual teve doze filhos.
              Em 1846 vendeu sua parte na Carruthers e comprou uma pequena fundição em Niterói. No mesmo ano fundou um estaleiro. Com essas duas empresas, multiplicou seu patrimônio. Em 1852 fundou a Companhia Fluminense de Transportes. No ano seguinte criou a Companhia de Navegação a Vapor do Rio Amazonas, e obteve assim o direito de navegação por trinta anos. Em 1854 fundou a Companhia de Iluminação a Gás do Rio de Janeiro. No mesmo ano inaugurou a primeira estrada de ferro, ligando Raiz da Serra a Petrópolis., no Rio de Janeiro. Entre os convidados da inauguração estava o imperador Dom Pedro II, que na ocasião lhe concedeu o título de Barão de Mauá. Ainda em 1854, inaugurou o trecho da União e Indústria, a primeira rodovia pavimentada, que ligava o Rio de Janeiro a Juiz de Fora, em Minas Gerais.
                Se uniu então a investidores ingleses e cafeicultores paulistas e participou das construção da Recife and São Francisco Railway Company , Ferrovia Dom Pedro II e São Paulo Railway. Deu início a construção do Canal do Mangue, no Rio de Janeiro e foi ele também o responsável pela instalação dos primeiros cabos telegráficos submarinos, que ligava o Brasil a Europa.
                Era um abolicionista e totalmente contrário a Guerra do Paraguai, chegando até a fornecer recursos para a defesa de Montevidéu, o que fechou algumas portas para ele no Brasil, e suas indústrias foram vandalizadas, além de sofrer com as sobretaxas de importação. No final da década de 1850 fundou o Banco Mauá, MacGregor e Cia. Abriu filial em várias capitais brasileiras, além de Nova York, Londres, Paris, Buenos Aires e Montevidéu. Ajudou ainda afundar o segundo Banco do Brasil, já que o primeiro faliu em 1829. Porém com a diminuição das taxas alfandegárias em 1860, o Brasil optou pela agricultura, deixando os industriais em maus lençóis. Foi deputado pelo Rio Grande do Sul várias vezes, mas renunciou em 1873.
                  Em 1874 recebeu o título de Visconde de Mauá, Apesar de muita luta, em 1875 o Banco Mauá acabou falindo, e Mauá foi obrigado a vender a maioria de suas empresas a estrangeiros. Passou a sofrer muito em consequência de diabetes. Pagou todas as suas dívidas, em uma atitude nobre, mas morreu sem o patrimônio pelo qual lutou tanto e trabalhou com tanto afinco pela modernização do Brasil.Faleceu em Petrópolis, em 21 de outubro em 1889, sem chegar a ver as luzes da República.




Nenhum comentário:

Postar um comentário